sábado, 31 de agosto de 2013

Ai a morte

Esta espera
Quando virá o abraço final
O manto eterno que me cobrirá

um copo maior talvez seja muito
um copo pequeno talvez rápido
espero como?
onde?
esta melancolia
forçada em mim
desde que fui a primeira célula de todo o meu eu
os corpos que tive durante estes anos
que me transformaram e retransformaram
e este, agora, que pouco vale
sempre estiveste comigo
mas temo-te
e tenho
uma saudade de algo que me amedronta
um poder com o qual não posso combater
será um amor tão grande que nunca me vai libertar?
caminhando sempre ao meu lado,
dormindo nos meus lençóis
porque não posso confrontar quem me derrotará?

pelo menos,
és a minha companheira fiel, sei que nunca me deixarás

domingo, 4 de agosto de 2013

OLHA SÓ PARA ONDE VOU...

Sou forçado ou algo assim
A traçar uma rota algo estranha
estranhamente familiar
Quem me chama
Quem me lidera
Quem me empurra
Este corpo chama pelo pecado
Este Quem não me deixa
Desvia-me
Impede-me
Troca-ma as voltas
E eu baralhado
Perdido
Encontro-me novamente
Estranhamente,
no Seu caminho
Quem me força a esta caminhada
Existe algo ....como que uma lembrança
acho que algures
Talvez num sonho qualquer
Talvez alguma realidade
Talvez Alguém mo tenha dito
....
já percorri este caminho
Não vejo copos, não vejo garrafas,
Estou baralhado
Sinto-me despido e andando num caminho que leva algures onde
Eu
hoje
não posso entrar

Que bom foi conhecer-te


Hoje, como ontem, sem ti.
Sei que talvez nunca mais nos veremos.
Sei que é assim.
Mas quando ao final da tarde, na varanda da tua casa,
olhares o por do sol e ouvires os últimos cantos do dia
e os primeiros da noite
Quando pegares no teu copo, que será talvez um branco fresco
lembra-te do que fomos, da união que tivemos
da amizade que sempre teremos
e diz, como direi sempre,
"foi bom conhecer-te"
Quando disseres isto, o meu coração ficará cheio
tão cheio e tão comovido
e estarei feliz
por te ter conhecido