sexta-feira, 1 de maio de 2015

O Vinho...verde ou não

 "....Mas então ao menos um copo de vinho verde."


"O escudeiro vergava, com a luzente bandeja de prata, carregada de copos de sangria onde boiavam rodelinhas de limão. E todos se tentaram, todos beberam, até Padre Soeiro, para mostrar ao Sr. Antônio Vilalobos que não desdenhava o vinho, dádiva amável de Deus - pois como ensina Tibulo com verdade, apesar de gentílico, vinus facit dites animos, mollia corda dat, enrija a alma e adoça o coração."

"Mas Barrolo bateu uma palmada na coxa. Que pena! que pena não terem Oliveira, "para o brinde de reconciliação", um famoso vinho do Porto, da garrafeira da mamã, preciosíssimo, velhíssimo, do tempo de D. João II...
- D. João II? - rosnou Gonçalo. - Está estragado!
Barrolo hesitou:
- D. João II ou D. João VI... Um desses Reis. Enfim, um vinho único, do século passado! Só restam à mamã oito ou dez garrafas... E hoje, era dia para uma, bem?"

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