Que saudades
saudades
saudades
ouvi hoje alguém chamar por ti
tu
que já nem existes
que será quem se chama
como será
entrou-me esse teu nome como um espinho
pelo peito adentro onde tudo está oco
ou escuro como o tinto
ou pálido como o branco
uma repentina dor de cabeça
atira-me contra uma parede qualquer
e fico a pasmar a calçada
esbranquiçada
e pisada
quando te esquecerei
entro numa porta com um cheiro familiar
deverei esquecer-te?
e bebo uma
quererei esquecer-te?
como bebíamos
desta vez não deixarei de amar outra
porque tu foste a melhor
estas tuas raízes
tenazes na sua intenção
de me sufocar
ou separar
se não as molhasse
já há muito não saberia
o tudo o que me és
o tudo o que te fui
o tudo o que somos sempre
como desejo ouvir a tua voz
como desejo tocar a tua pele
"Come, fill the Cup, and in the fire of Spring Your Winter-garment of Repentance fling: The Bird of Time has but a little way To flutter--and the Bird is on the Wing." Omar Khayyam O vinho, ou tudo o que bebemos (recebemos) é algo pelo que temos de estar agradecidos. Tudo nos deve fazer feliz como o vinho que bebemos.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Voltas como eu
Porque voltas tu menina
já não te escrevi bastante?
Se não fosse por esse corpinho
Se não fosse por essa cabecinha
Mas se não bebesses um comigo
Se não entrasses nesta tasca
Iria eu ter contigo?
já não te escrevi bastante?
Se não fosse por esse corpinho
Se não fosse por essa cabecinha
Mas se não bebesses um comigo
Se não entrasses nesta tasca
Iria eu ter contigo?
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Não são melões
Sentado fico
E espero com dois ou três encima
É tinto, e é de noite
Entras, finalmente
Não são melões que trazes
Porque os melões não abanam
Encho o teu copo que tanto esperou por ti
e
finalmente,
olhas-me
e esses olhos comandam-me
atrevidos como este vinho carrasqueiro
brindamos
com alguma força
e a noite estende-se
E espero com dois ou três encima
É tinto, e é de noite
Entras, finalmente
Não são melões que trazes
Porque os melões não abanam
Encho o teu copo que tanto esperou por ti
e
finalmente,
olhas-me
e esses olhos comandam-me
atrevidos como este vinho carrasqueiro
brindamos
com alguma força
e a noite estende-se
Protos
ProtosO meu irmão Thiago ofereceu este vinho ao Pai. Eu sabia lá que custava ....o que custava. Para mim estava uma garrafa fechada, coitada. Desencorquilhei-a para arejar um pouco (dentro do meu copo). Foi uma surpresa....bebi um segundo....ainda melhor.....como é bom viver a gostar de tudo!
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