Depois de uma grande viagem, nada melhor do que regressar a Portugal e comer o que é português. Fui ao "O Aregos" com a família e pedi uma Açorda Alentejana (sopa alentejana), picanha na tábua. O resto pediu pataniscas de bacalhau com arroz de feijão.
Para beber pedimos uma imperial. Mas, depois de começar com a soupa, soube que tinha sido um erro. Pedi então um jarrinho de tinto, que calhou que nem ginjas.
Uma das melhores sopas Alentejanas que já comi. Perfeitamente condimentada, nem sequer sal (que a maioria dos restaurantes tem a mania de não usar com a devida obrigatoriedade) faltava.
Tive mesmo de beber o tinto ou estragava tudo.
"Come, fill the Cup, and in the fire of Spring Your Winter-garment of Repentance fling: The Bird of Time has but a little way To flutter--and the Bird is on the Wing." Omar Khayyam O vinho, ou tudo o que bebemos (recebemos) é algo pelo que temos de estar agradecidos. Tudo nos deve fazer feliz como o vinho que bebemos.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O Vinho do Chile
Recentemente vindo do Chile, regresso alegre pela boa amizade e pelo bom vinho Chileno.
Tenho ainda uma garrafa oferecida por Don Hernani, de Finis Terrae, Cousino-Macul, do Vale de Maipo. Produzido pela mistura das castas de Cabernet Saufignon y Merlot, promete ser um excelente nectar divino.
Tenho ainda uma garrafa oferecida por Don Hernani, de Finis Terrae, Cousino-Macul, do Vale de Maipo. Produzido pela mistura das castas de Cabernet Saufignon y Merlot, promete ser um excelente nectar divino.
domingo, 25 de outubro de 2009
Walking the path with a glass
I walk to my death
God pulls me...
My friends,
merely drinking,
push me
Couldn't be happier
God pulls me...
My friends,
merely drinking,
push me
Couldn't be happier
To love like a god
You die
and I close the door behind me
to celebrate this apocalyptic pain
I uncork our bottle
and it's empty
Gosh! How I hate you for not drinking with me
Gosh! How, how...I love you.
Not a drop has touched my lips
Yet, my head is dizzy
And I walk like a drunk
and love like a god
and I close the door behind me
to celebrate this apocalyptic pain
I uncork our bottle
and it's empty
Gosh! How I hate you for not drinking with me
Gosh! How, how...I love you.
Not a drop has touched my lips
Yet, my head is dizzy
And I walk like a drunk
and love like a god
Drunk and away
I live beyond life
I live beyond love
I live beyond sorrow
Away from all
I miss all
embedded in me
I'm drunk
and away
I live beyond love
I live beyond sorrow
Away from all
I miss all
embedded in me
I'm drunk
and away
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Provérbios
Provérbios sobre o Vinho
Vinho trepador é bom matador.
Pão e vinho andam caminho.
Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
Abril frio dá pão e vinho.
Vinho mouro só o do Douro.
Onde alhos há, vinho haverá.
Vindima com calor, vinho com valor .
Ao meu amigo, o meu pão e o meu vinho.
De vinho encharcado, de razão minguado.
Pão, vinho e o Paraíso, se no meu siso.
O pão pela cor, o vinho pelo sabor.
Porcos com frio e homens com vinho incomodam o vizinho.
A mulher e o vinho tiram o homem do caminho.
Com melão, vinho de tostão.
Pão de hoje e vinho de outro verão fazem o homem são.
O bom vinho por si fala e o homem cala.
Secura em Março, de vinho o ricaço.
Maio couveiro não é vinhateiro.
Água no S. João tolhe o vinho e não dá pão.
Não é bom o mosto collhido em Agosto.
Em Novembro prova o vinho e planta o cebolinho.
Na chuva de S. João bebe o vinho e come o pão.
Dia de S. Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
Homem de mau vinho perde-se no caminho.
Cavado em pó, amanhado no lodo, é vinho famoso.
Um bom assado com vinho regado.
O vinho, como o amigo, quer-se antigo.
Mau vinho, mau caminho.
Quem muito bebe a mulher perde.
Leitão com vinho torna-se menino.
Vinho trepador não tira a dor.
Quem sabe beber e comer sabe vencer.
Vinho sobre melancia faz pneumonia.
Vinho, mulheres e tabaco põem o homem fraco.
Vinho e linho não têm domingo.
Pão e vinho andam caminho.
Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
Abril frio dá pão e vinho .
O bom vinho dispensa pregão.
Onde alhos há, vinho haverá.
Vinho enxuto, vinho impoluto.
Ao bom amigo, o teu pão e o melhor vinho .
De vinho carregado, de razão minguado.
Porcos com frio e homem com muito vinho, ruído sem brio.
Quem é amigo de muito vinho é inimigo de si mesmo.
Vinho misto não é sangue de Cristo.
Na água vês teu rosto e no vinho o coração dos outros.
Não compres malhada nem vinha desamparada.
Não é cada dia Páscoa, nem vindima.
Não faças vinha em terra de senhorio.
Não há légua pequena nem quartilho grande.
Não há Maio sem favas nem S. Miguel sem vindimas.
Não rias do teu vizinho, se de ti ri o vinho.
Não se pode cavar ao mesmo tempo na vinha e no bacelo.
Nem comer sem vinho beber, nem assinar antes de ler.
Nem mulher casada nem vinha vindimada.
Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
Nem pão quente... nem vinho que salte ao dente.
Nenhuma nação é alcoólatra onde o vinho é barato.
No dia de S. Martinho comem-se castanhas e prova-se o vinho.
No dia de S. Martinho, abre o pipo e prova o vinho.
No S. Tiago, pinta o bago.
Num lado se põe o ramo, noutro se bebe o vinho.
O arroz, o peixe e o pepino nasceram na água e morreram no vinho.
O bom vinho a venda traz consigo.
O bom vinho faz bom sangue.
O bom vinho não precisa de aviso.
O bom vinho traz consigo a ventura.
O homem faz o vinho; o vinho refaz o homem.
O medo guarda a vinha.
O melhor vinho vem do barril velho (inglês).
O pão levanta e o vinho derruba.
O pão pela cor, o vinho pelo sabor.
O primeiro copo para a saúde; o segundo, para a alegria; o terceiro, para a felicidade; o quarto, para a loucura (búlgaro).
O velho planta a vinha, e o velho a vindima.
O vinho alegra o olho, limpa o dente e cura o ventre.
O vinho dá forças e o vinho as tira.
O vinho e a riqueza mudam o homem mais sóbrio.
O vinho é a teta dos velhos.
O vinho e as crianças falam verdade.
O vinho é o espelho do homem.
O vinho é o filho sagrado do Sol (francês).
O vinho é tagarela e gabarola.
O vinho faz bem ao homem, quando são as mulheres que o bebem.
O vinho há-de ser comido - e não bebido.
O vinho não intoxica os homens, são os homens que se intoxicam.
O vinho não tem vergonha.
O vinho tinto é que dá cor ao sangue.
O vinho vende-o em mosto ou vende-o em Agosto.
Olhar para a uva não mata a sede (brasileiro).
Oliveira, do meu avô; figueira, a de meu pai; vinha, a que eu puser.
Onde entra o beber, sai o beber. Onde há alhos, vinho haverá.
Onde todos pagam não é o vinho caro.
Pão com fartura e vinho com medida (espanhol).
Pão com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Para casar tuas filhas, promete casa e vinhas.
Para fazer casa e plantar vinha, gasta-se dinheiro que ninguém adivinha.
Para o conhecedor, servir um vinho significa quase tanto como tomá-lo sozinho (alemão).
Para teres bom mosto, cava a tua vinha em Agosto.
Pelo S. Tiago, na vinha acharás o bago, se não for maduro, será inchado.
Poda em Março, vindima no regaço.
Poda tardio, semeia temporão, terás vinho e pão.
Podar em Março é ser madraço.
Por S. Matias, fazem-se as enxertias.
Por S. Simão e S. Judas, colhidas são as uvas.
Por Sta. Cruz, toda a vinha reluz.
Por Sta. Marinha, vai à tua vinha e qual a achares, tal a vindima.
Por um que morre de sede, morrem cem mil de beber.
Porcos com frio e homens com vinho fazem grão ruído.
Quando a água é pura e cristalina, demos preferência ao vinho.
Quando chover em Agosto, chove mel e mosto.
Quando o vinho acaba, acaba a conversa.
Quando o vinho desce, as palavras sobem.
Quanto mais bebo, melhor canto (francês).
Quem a Caxuxa mal desce, no Olho-de-Cabra padece (Douro).
Quem bebe, morre; quem não bebe, morre; portanto, é melhor beber.
Quem bem come e bebe bem, só morre velho.
Quem bem come e bebe... faz bem o que deve.
Quem bem come e melhor bebe, faz o que deve.
Quem ceia da pipa, almoça da bica.
Quem ceia em vinhas, almoça em fontes.
Quem ceia vinho, almoça água.
Quem com o demo cava a vinha, com ele a vindima.
Quem come salgado, bebe dobrado.
Quem compra pão na praça e vinho na taberna, filhos alheios governa.
Quem convida o taberneiro a beber, ou está bêbado ou fica a dever.
Quem de vinho é amigo, cedo está perdido.
Quem do vinho fala sede há.
Quem em ruim parte tem a vinha, às costas tira a vindima.
Quem não bebe, cheira o copo (brasileiro).
Quem não poda até Março, vindima no regaço.
Quem no caldo deita vinho, de velho se faz menino.
Quem planta vinhas em mau lugar, carrega a vindima nas costas.
Quem quiser mal à vizinha, dê-lhe em Maio uma sardinha, e em Agosto, a vindima.
Quem se lava com vinho, torna-se menino.
Quem tem bom vinho tem bom amigo.
Quem tem vinho tem vizinho.
Quem vive na taberna, morre no hospital.
Rainha é a galinha que põe os ovos na vindima.
Ramo curto, vindima longa; ramo longo, vindima curta.
S. Vicente claro e bonito põe o vinho no barril.
Sábados a chover e bêbados a beber, nunca ninguém os pode vencer.
Se bêbado te vires sentir, foge à companhia e vai dormir.
Se o mar fosse de vinho, todo o mundo seria marinheiro.
Se o vinho atrapalha os teus negócios, abandona... os negócios (espanhol).
Se queres a vinha remoçada, poda-a enfolhada.
Se queres ser bem disposto, bebe vinho, nanja mosto.
Sem pão e sem vinho, o amor não vale nada (francês).
Sem pão nem vinho, não há amor nem carinho.
Sem pão, sem vinho, o amor não tem valor.
Semeia cedo, colhe tardio, colherás pão e vinho.
Sim, como Jacinto, devemos gostar tanto do branco como do tinto.
Sobre pêras vinho bebas, mas que não seja tanto que nadem elas.
Sopa a meio, copo cheio.
Sopa em vinho não emborracha, mas agacha.
Tamarez, duma pipa faz três.
Tenha eu pipas e cabedal, e quem quiser, vinhas e lagares.
Tens vinha dobrada se a tiveres fechada.
Terra de vinho, terra bendita.
Terra de vinho, terra divina (italiano).
Tire vinho de bom solo e filha de boa mãe (inglês).
Tonel mal lavado, vinho estragado.
Três coisas enganam os homens: as mulheres, os copos pequenos e a chuva miudinha.
Três copos de vinho acertam tudo (chinês).
Três copos de vinho afugentam os espíritos malignos; mas com o quarto eles voltam!
Três inimigos têm o segredo: Baco, Vénus e o interesse; o primeiro descobre, o segundo vende e o terceiro arrasta.
Uvas, figos e melão, sustento de nutrição.
Uvas, pão e queijo sabem a beijo!
Velho põe a vinha, velho a vindima.
Velho, só vinho, ouro e conselho, e novo, só moça, hortaliça e ovo.
Vindima em Outubro, que S. Martinho to dirá.
Vindima enxuto, colherás vinho puro.
Vindima molhada, acaba cedo e aliviada.
Vindima molhada, pipa asinha despejada.
Vinha a seis, cabra a três.
Vinha apreciada, quero-a ensolarada.
Vinha com pedra e horta com terra.
Vinha entre vinhas, casa entre vizinhas.
Vinha na Lua Nova podada, nem dá uva nem dá nada.
Vinha onde pique, horta onde regue.
Vinha que rebente em Abril dá pouco vinho para o barril.
Vinha velha, amo novo.
Vinha, escave-a quem quiser, pode-a quem souber e cave-a o dono.
Vinhas, minhas; olivais, dos nossos pais; montados, dos antepassados.
Vinho às nozes e água aos peixes.
Vinho com água é saúde do corpo e da alma.
Vinho com melancia faz azia.
Vinho de Abril é gentil.
Vinho de Airó, bebe-o tu só (recolhido em Barcelos).
Vinho de casa não embriaga.
Vinho de Março não vai ao cabaço, e vinho de Abril não enche cantil.
Vinho de pêras não o bebas, nem o dês a quem queiras.
Vinho derramado é sinal de alegria.
Vinho doce, bebe-o como se nada fosse.
Vinho e amigo, o mais antigo.
Vinho e amor, nus têm mais sabor.
Vinho e confissão tudo descobrem.
Vinho e linho não têm domingo.
Vinho e mouro não é tesouro.
Vinho e mudo descobrem segredos.
Vinho e riqueza mudam o homem mais sóbrio.
Vinho em excesso, nem guarda segredo, nem cumpre promessas.
Vinho não prove quem mais vinho tem.
Vinho pela cor, pão pelo sabor.
Vinho por fora e vinho por dentro cura os males num momento.
Vinho puro desenrola a língua.
Vinho turvo, madeira verde e pão quente são inimigos da gente.
Vinho velho e velhos amigos são boas provisões.
Vinho velho, amigo velho e ouro velho, são amados em todos os lugares (Séc.XIV).
Vinho, azeite e os amigos, os mais antigos.
Vinho, como rei, a água, como boi.
Vinho trepador é bom matador.
Pão e vinho andam caminho.
Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
Abril frio dá pão e vinho.
Vinho mouro só o do Douro.
Onde alhos há, vinho haverá.
Vindima com calor, vinho com valor .
Ao meu amigo, o meu pão e o meu vinho.
De vinho encharcado, de razão minguado.
Pão, vinho e o Paraíso, se no meu siso.
O pão pela cor, o vinho pelo sabor.
Porcos com frio e homens com vinho incomodam o vizinho.
A mulher e o vinho tiram o homem do caminho.
Com melão, vinho de tostão.
Pão de hoje e vinho de outro verão fazem o homem são.
O bom vinho por si fala e o homem cala.
Secura em Março, de vinho o ricaço.
Maio couveiro não é vinhateiro.
Água no S. João tolhe o vinho e não dá pão.
Não é bom o mosto collhido em Agosto.
Em Novembro prova o vinho e planta o cebolinho.
Na chuva de S. João bebe o vinho e come o pão.
Dia de S. Lourenço vai à vinha e enche o lenço.
Homem de mau vinho perde-se no caminho.
Cavado em pó, amanhado no lodo, é vinho famoso.
Um bom assado com vinho regado.
O vinho, como o amigo, quer-se antigo.
Mau vinho, mau caminho.
Quem muito bebe a mulher perde.
Leitão com vinho torna-se menino.
Vinho trepador não tira a dor.
Quem sabe beber e comer sabe vencer.
Vinho sobre melancia faz pneumonia.
Vinho, mulheres e tabaco põem o homem fraco.
Vinho e linho não têm domingo.
Pão e vinho andam caminho.
Maio come o trigo, Agosto bebe o vinho.
Abril frio dá pão e vinho .
O bom vinho dispensa pregão.
Onde alhos há, vinho haverá.
Vinho enxuto, vinho impoluto.
Ao bom amigo, o teu pão e o melhor vinho .
De vinho carregado, de razão minguado.
Porcos com frio e homem com muito vinho, ruído sem brio.
Quem é amigo de muito vinho é inimigo de si mesmo.
Vinho misto não é sangue de Cristo.
Na água vês teu rosto e no vinho o coração dos outros.
Não compres malhada nem vinha desamparada.
Não é cada dia Páscoa, nem vindima.
Não faças vinha em terra de senhorio.
Não há légua pequena nem quartilho grande.
Não há Maio sem favas nem S. Miguel sem vindimas.
Não rias do teu vizinho, se de ti ri o vinho.
Não se pode cavar ao mesmo tempo na vinha e no bacelo.
Nem comer sem vinho beber, nem assinar antes de ler.
Nem mulher casada nem vinha vindimada.
Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.
Nem pão quente... nem vinho que salte ao dente.
Nenhuma nação é alcoólatra onde o vinho é barato.
No dia de S. Martinho comem-se castanhas e prova-se o vinho.
No dia de S. Martinho, abre o pipo e prova o vinho.
No S. Tiago, pinta o bago.
Num lado se põe o ramo, noutro se bebe o vinho.
O arroz, o peixe e o pepino nasceram na água e morreram no vinho.
O bom vinho a venda traz consigo.
O bom vinho faz bom sangue.
O bom vinho não precisa de aviso.
O bom vinho traz consigo a ventura.
O homem faz o vinho; o vinho refaz o homem.
O medo guarda a vinha.
O melhor vinho vem do barril velho (inglês).
O pão levanta e o vinho derruba.
O pão pela cor, o vinho pelo sabor.
O primeiro copo para a saúde; o segundo, para a alegria; o terceiro, para a felicidade; o quarto, para a loucura (búlgaro).
O velho planta a vinha, e o velho a vindima.
O vinho alegra o olho, limpa o dente e cura o ventre.
O vinho dá forças e o vinho as tira.
O vinho e a riqueza mudam o homem mais sóbrio.
O vinho é a teta dos velhos.
O vinho e as crianças falam verdade.
O vinho é o espelho do homem.
O vinho é o filho sagrado do Sol (francês).
O vinho é tagarela e gabarola.
O vinho faz bem ao homem, quando são as mulheres que o bebem.
O vinho há-de ser comido - e não bebido.
O vinho não intoxica os homens, são os homens que se intoxicam.
O vinho não tem vergonha.
O vinho tinto é que dá cor ao sangue.
O vinho vende-o em mosto ou vende-o em Agosto.
Olhar para a uva não mata a sede (brasileiro).
Oliveira, do meu avô; figueira, a de meu pai; vinha, a que eu puser.
Onde entra o beber, sai o beber. Onde há alhos, vinho haverá.
Onde todos pagam não é o vinho caro.
Pão com fartura e vinho com medida (espanhol).
Pão com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Para casar tuas filhas, promete casa e vinhas.
Para fazer casa e plantar vinha, gasta-se dinheiro que ninguém adivinha.
Para o conhecedor, servir um vinho significa quase tanto como tomá-lo sozinho (alemão).
Para teres bom mosto, cava a tua vinha em Agosto.
Pelo S. Tiago, na vinha acharás o bago, se não for maduro, será inchado.
Poda em Março, vindima no regaço.
Poda tardio, semeia temporão, terás vinho e pão.
Podar em Março é ser madraço.
Por S. Matias, fazem-se as enxertias.
Por S. Simão e S. Judas, colhidas são as uvas.
Por Sta. Cruz, toda a vinha reluz.
Por Sta. Marinha, vai à tua vinha e qual a achares, tal a vindima.
Por um que morre de sede, morrem cem mil de beber.
Porcos com frio e homens com vinho fazem grão ruído.
Quando a água é pura e cristalina, demos preferência ao vinho.
Quando chover em Agosto, chove mel e mosto.
Quando o vinho acaba, acaba a conversa.
Quando o vinho desce, as palavras sobem.
Quanto mais bebo, melhor canto (francês).
Quem a Caxuxa mal desce, no Olho-de-Cabra padece (Douro).
Quem bebe, morre; quem não bebe, morre; portanto, é melhor beber.
Quem bem come e bebe bem, só morre velho.
Quem bem come e bebe... faz bem o que deve.
Quem bem come e melhor bebe, faz o que deve.
Quem ceia da pipa, almoça da bica.
Quem ceia em vinhas, almoça em fontes.
Quem ceia vinho, almoça água.
Quem com o demo cava a vinha, com ele a vindima.
Quem come salgado, bebe dobrado.
Quem compra pão na praça e vinho na taberna, filhos alheios governa.
Quem convida o taberneiro a beber, ou está bêbado ou fica a dever.
Quem de vinho é amigo, cedo está perdido.
Quem do vinho fala sede há.
Quem em ruim parte tem a vinha, às costas tira a vindima.
Quem não bebe, cheira o copo (brasileiro).
Quem não poda até Março, vindima no regaço.
Quem no caldo deita vinho, de velho se faz menino.
Quem planta vinhas em mau lugar, carrega a vindima nas costas.
Quem quiser mal à vizinha, dê-lhe em Maio uma sardinha, e em Agosto, a vindima.
Quem se lava com vinho, torna-se menino.
Quem tem bom vinho tem bom amigo.
Quem tem vinho tem vizinho.
Quem vive na taberna, morre no hospital.
Rainha é a galinha que põe os ovos na vindima.
Ramo curto, vindima longa; ramo longo, vindima curta.
S. Vicente claro e bonito põe o vinho no barril.
Sábados a chover e bêbados a beber, nunca ninguém os pode vencer.
Se bêbado te vires sentir, foge à companhia e vai dormir.
Se o mar fosse de vinho, todo o mundo seria marinheiro.
Se o vinho atrapalha os teus negócios, abandona... os negócios (espanhol).
Se queres a vinha remoçada, poda-a enfolhada.
Se queres ser bem disposto, bebe vinho, nanja mosto.
Sem pão e sem vinho, o amor não vale nada (francês).
Sem pão nem vinho, não há amor nem carinho.
Sem pão, sem vinho, o amor não tem valor.
Semeia cedo, colhe tardio, colherás pão e vinho.
Sim, como Jacinto, devemos gostar tanto do branco como do tinto.
Sobre pêras vinho bebas, mas que não seja tanto que nadem elas.
Sopa a meio, copo cheio.
Sopa em vinho não emborracha, mas agacha.
Tamarez, duma pipa faz três.
Tenha eu pipas e cabedal, e quem quiser, vinhas e lagares.
Tens vinha dobrada se a tiveres fechada.
Terra de vinho, terra bendita.
Terra de vinho, terra divina (italiano).
Tire vinho de bom solo e filha de boa mãe (inglês).
Tonel mal lavado, vinho estragado.
Três coisas enganam os homens: as mulheres, os copos pequenos e a chuva miudinha.
Três copos de vinho acertam tudo (chinês).
Três copos de vinho afugentam os espíritos malignos; mas com o quarto eles voltam!
Três inimigos têm o segredo: Baco, Vénus e o interesse; o primeiro descobre, o segundo vende e o terceiro arrasta.
Uvas, figos e melão, sustento de nutrição.
Uvas, pão e queijo sabem a beijo!
Velho põe a vinha, velho a vindima.
Velho, só vinho, ouro e conselho, e novo, só moça, hortaliça e ovo.
Vindima em Outubro, que S. Martinho to dirá.
Vindima enxuto, colherás vinho puro.
Vindima molhada, acaba cedo e aliviada.
Vindima molhada, pipa asinha despejada.
Vinha a seis, cabra a três.
Vinha apreciada, quero-a ensolarada.
Vinha com pedra e horta com terra.
Vinha entre vinhas, casa entre vizinhas.
Vinha na Lua Nova podada, nem dá uva nem dá nada.
Vinha onde pique, horta onde regue.
Vinha que rebente em Abril dá pouco vinho para o barril.
Vinha velha, amo novo.
Vinha, escave-a quem quiser, pode-a quem souber e cave-a o dono.
Vinhas, minhas; olivais, dos nossos pais; montados, dos antepassados.
Vinho às nozes e água aos peixes.
Vinho com água é saúde do corpo e da alma.
Vinho com melancia faz azia.
Vinho de Abril é gentil.
Vinho de Airó, bebe-o tu só (recolhido em Barcelos).
Vinho de casa não embriaga.
Vinho de Março não vai ao cabaço, e vinho de Abril não enche cantil.
Vinho de pêras não o bebas, nem o dês a quem queiras.
Vinho derramado é sinal de alegria.
Vinho doce, bebe-o como se nada fosse.
Vinho e amigo, o mais antigo.
Vinho e amor, nus têm mais sabor.
Vinho e confissão tudo descobrem.
Vinho e linho não têm domingo.
Vinho e mouro não é tesouro.
Vinho e mudo descobrem segredos.
Vinho e riqueza mudam o homem mais sóbrio.
Vinho em excesso, nem guarda segredo, nem cumpre promessas.
Vinho não prove quem mais vinho tem.
Vinho pela cor, pão pelo sabor.
Vinho por fora e vinho por dentro cura os males num momento.
Vinho puro desenrola a língua.
Vinho turvo, madeira verde e pão quente são inimigos da gente.
Vinho velho e velhos amigos são boas provisões.
Vinho velho, amigo velho e ouro velho, são amados em todos os lugares (Séc.XIV).
Vinho, azeite e os amigos, os mais antigos.
Vinho, como rei, a água, como boi.
sábado, 17 de outubro de 2009
Imortalidade
Que dura imortalidade
Esta deste sofrimento contínuo,
de ver-te nos meus sonhos
sabendo que tu sim vives
eternamente
e que eu,
eu,
de imortal só tenho o meu desejo.
Que pavor é este,
esta dúvida que me rói por dentro,
morrerei?
e ao morrer, viverei?
Nasci com tudo isto
são milhares os anos que me assaltam,
com tudo isto.
Sem respostas.
Sem mais perguntas,
retiro-me e sento-me.
Hoje não há lua
e a água negra nada reflecte
saco a rolha
e gozo com a minha estupidez
Esta deste sofrimento contínuo,
de ver-te nos meus sonhos
sabendo que tu sim vives
eternamente
e que eu,
eu,
de imortal só tenho o meu desejo.
Que pavor é este,
esta dúvida que me rói por dentro,
morrerei?
e ao morrer, viverei?
Nasci com tudo isto
são milhares os anos que me assaltam,
com tudo isto.
Sem respostas.
Sem mais perguntas,
retiro-me e sento-me.
Hoje não há lua
e a água negra nada reflecte
saco a rolha
e gozo com a minha estupidez
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Drinking Alone by Moonlight (月下獨酌, pinyin: Yuè Xià Dú Zhuó), por Li Bai
花間一壺酒。 A cup of wine, under the flowering trees;
獨酌無相親。 I drink alone, for no friend is near.
舉杯邀明月。 Raising my cup I beckon the bright moon,
對影成三人。 For her, with my shadow, will make three people.
月既不解飲。 The moon, alas, is no drinker of wine;
影徒隨我身。 Listless, my shadow creeps about at my side.
暫伴月將影。 Yet with the moon as friend and the shadow as slave
行樂須及春。 I must make merry before the Spring is spent.
我歌月徘徊。 To the songs I sing the moon flickers her beams;
我舞影零亂。 In the dance I weave my shadow tangles and breaks.
醒時同交歡。 While we were sober, three shared the fun;
醉後各分散。 Now we are drunk, each goes their way.
永結無情遊。 May we long share our eternal friendship,
相期邈雲漢。 And meet at last on the Cloudy River of the sky.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O verde, a lua e o inferno
Há uns dias
por detrás, a lua brilhava tanto
que te escondia a cara
elevaste o copinho de verde
e brilhou
Esse teu lindo riso
que no escuro se apercebia
esses lábios cabritos
que sei bebiam delicadamente
finalmente,
acalmaram-me
o inferno pensamento
por detrás, a lua brilhava tanto
que te escondia a cara
elevaste o copinho de verde
e brilhou
Esse teu lindo riso
que no escuro se apercebia
esses lábios cabritos
que sei bebiam delicadamente
finalmente,
acalmaram-me
o inferno pensamento
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Estas tuas raízes
Que saudades
saudades
saudades
ouvi hoje alguém chamar por ti
tu
que já nem existes
que será quem se chama
como será
entrou-me esse teu nome como um espinho
pelo peito adentro onde tudo está oco
ou escuro como o tinto
ou pálido como o branco
uma repentina dor de cabeça
atira-me contra uma parede qualquer
e fico a pasmar a calçada
esbranquiçada
e pisada
quando te esquecerei
entro numa porta com um cheiro familiar
deverei esquecer-te?
e bebo uma
quererei esquecer-te?
como bebíamos
desta vez não deixarei de amar outra
porque tu foste a melhor
estas tuas raízes
tenazes na sua intenção
de me sufocar
ou separar
se não as molhasse
já há muito não saberia
o tudo o que me és
o tudo o que te fui
o tudo o que somos sempre
como desejo ouvir a tua voz
como desejo tocar a tua pele
saudades
saudades
ouvi hoje alguém chamar por ti
tu
que já nem existes
que será quem se chama
como será
entrou-me esse teu nome como um espinho
pelo peito adentro onde tudo está oco
ou escuro como o tinto
ou pálido como o branco
uma repentina dor de cabeça
atira-me contra uma parede qualquer
e fico a pasmar a calçada
esbranquiçada
e pisada
quando te esquecerei
entro numa porta com um cheiro familiar
deverei esquecer-te?
e bebo uma
quererei esquecer-te?
como bebíamos
desta vez não deixarei de amar outra
porque tu foste a melhor
estas tuas raízes
tenazes na sua intenção
de me sufocar
ou separar
se não as molhasse
já há muito não saberia
o tudo o que me és
o tudo o que te fui
o tudo o que somos sempre
como desejo ouvir a tua voz
como desejo tocar a tua pele
Voltas como eu
Porque voltas tu menina
já não te escrevi bastante?
Se não fosse por esse corpinho
Se não fosse por essa cabecinha
Mas se não bebesses um comigo
Se não entrasses nesta tasca
Iria eu ter contigo?
já não te escrevi bastante?
Se não fosse por esse corpinho
Se não fosse por essa cabecinha
Mas se não bebesses um comigo
Se não entrasses nesta tasca
Iria eu ter contigo?
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Não são melões
Sentado fico
E espero com dois ou três encima
É tinto, e é de noite
Entras, finalmente
Não são melões que trazes
Porque os melões não abanam
Encho o teu copo que tanto esperou por ti
e
finalmente,
olhas-me
e esses olhos comandam-me
atrevidos como este vinho carrasqueiro
brindamos
com alguma força
e a noite estende-se
E espero com dois ou três encima
É tinto, e é de noite
Entras, finalmente
Não são melões que trazes
Porque os melões não abanam
Encho o teu copo que tanto esperou por ti
e
finalmente,
olhas-me
e esses olhos comandam-me
atrevidos como este vinho carrasqueiro
brindamos
com alguma força
e a noite estende-se
Protos
ProtosO meu irmão Thiago ofereceu este vinho ao Pai. Eu sabia lá que custava ....o que custava. Para mim estava uma garrafa fechada, coitada. Desencorquilhei-a para arejar um pouco (dentro do meu copo). Foi uma surpresa....bebi um segundo....ainda melhor.....como é bom viver a gostar de tudo!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
"Prosa": saber a lembranças de estábulo de vacas
Ontem bebi um vinho engraçado
Tinha um cheiro a sabor de lembranças de estábulo de vacas
Surgiram-me memórias do trabalho nas vinhas, no antigamente,
da terra a mover-se em leivas atrás da charrua,
dos animais cansados
e todos cansados
voltando para casa
o cheiro a feno fresco e refrescante
e o som dos cascos vagarosos da parelha a entrar para a refeição nocturna
os badalos a meio da noite
o som do ruminar
Gostei
Tinha um cheiro a sabor de lembranças de estábulo de vacas
Surgiram-me memórias do trabalho nas vinhas, no antigamente,
da terra a mover-se em leivas atrás da charrua,
dos animais cansados
e todos cansados
voltando para casa
o cheiro a feno fresco e refrescante
e o som dos cascos vagarosos da parelha a entrar para a refeição nocturna
os badalos a meio da noite
o som do ruminar
Gostei
terça-feira, 18 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Nestes dias, há alguns anos atrás
Por estes dias
há quantos anos atrás
sem pedires
nem dizeres
duma forma irreal
como num sonho infernal
fizeste-me isto
deixando-me cansado de desejar-te
sei tudo
sei que nunca mais virás
sei que nunca mais serás
mas vejo-te nos meus braços à noite
mas levanto-me e desperto-me pela manhã
à noite vejo-te do outro lado da mesa
aquela de que gostavas,
sorrindo e com o teu copo preferido
e bebo contigo
e levo-te comigo
e dormes nos meus braços
...
há quantos anos atrás
sem pedires
nem dizeres
duma forma irreal
como num sonho infernal
fizeste-me isto
deixando-me cansado de desejar-te
sei tudo
sei que nunca mais virás
sei que nunca mais serás
mas vejo-te nos meus braços à noite
mas levanto-me e desperto-me pela manhã
à noite vejo-te do outro lado da mesa
aquela de que gostavas,
sorrindo e com o teu copo preferido
e bebo contigo
e levo-te comigo
e dormes nos meus braços
...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
O teu cheiro a coco
A nossa conversa acaba
com o despertar da alvorada
O rio calmo reflecte esta tua e minha alma
Deita-se por detrás das nuvens
tocando no mar, uma lua repleta e amarela
Mas
o teu cheiro a coco
confunde-me o meu cheirar
tinha tudo, menos um
com o despertar da alvorada
O rio calmo reflecte esta tua e minha alma
Deita-se por detrás das nuvens
tocando no mar, uma lua repleta e amarela
Mas
o teu cheiro a coco
confunde-me o meu cheirar
tinha tudo, menos um
Uma ténue fragrância
O teu sorriso brilha
na noite quente
a esteva
o eucalipto
e a terra
cheiram-me e tu cheiras como eles
beijo a lua cheia que brilha no teu ombro
Ao de leve,
uma ténue fragrância do resto de vinho
que se afirma na caneca aos teus pés,
tão radiante como tu,
nesta lua,
está o meu coração
na noite quente
a esteva
o eucalipto
e a terra
cheiram-me e tu cheiras como eles
beijo a lua cheia que brilha no teu ombro
Ao de leve,
uma ténue fragrância do resto de vinho
que se afirma na caneca aos teus pés,
tão radiante como tu,
nesta lua,
está o meu coração
The pain of mortality
This life of mine
like any other
will soon be over
After writing, or before
As I seat in awe of all the details,
Of the All and of the Nothing
I miss the millions of lightg years
I wish I could have travelled,
Not having this,
Not knowing all this,
I suspire
and drink to ease the pain of mortality
like any other
will soon be over
After writing, or before
As I seat in awe of all the details,
Of the All and of the Nothing
I miss the millions of lightg years
I wish I could have travelled,
Not having this,
Not knowing all this,
I suspire
and drink to ease the pain of mortality
terça-feira, 4 de agosto de 2009
O Bebado Pintor
O Bebado Pintor
Encostado sem brio ao balcão da taberna
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida
Era noite invernosa e o vento desabrido
Num louco galopar ferozmente rugia,
Vergastando os pinhais, pelos campos corria,
Como um triste grilheta ao degredo fugido.
Num antro pestilento, infame e corrompido,
Imagem de bordel, cenário de caverna,
Vendia-se veneno à luz duma lanterna
À turba que se mata, ingerindo aguardente,
Estava um jovem pintor, atrofiando a mente,
Encostado sem brio ao balcão da taberna.
Rameiras das banais, num doido desafio,
Exploravam do artista a sua parca féria,
E ele na embriaguez do vinho e da miséria,
Cedia às tentações daquele mulherio.
Nem mesmo a própria luz nem mesmo o próprio frio,
Daquele vazadouro onde se queima a vida,
Faziam incutir à corja pervertida,
Um sentimento bom damor e compaixão,
Plo ébrio que encostava a fronte ao vil balcão,
De nauseabunda cor e tábua carcomida.
Impudica mulher, perante o vil bulício
De copos tilintando e de boçais gracejos,
Agarrou-se ao rapaz, cobrindo-o de beijos,
Perguntando a sorrir, qual era o seu oficio,
Ele a cambalear, fazendo um sacrifício,
Lhe diz a profissão em que se iniciou,
Ela escutando tal, pedindo-lhe alcançou
Que então lhe desenhasse o rosto provocante,
E num sujo papel, o rosto da bacante
O bêbado pintor com um lápis desenhou.
Retocou o perfil e por baixo escreveu,
Numa legível letra o seu modesto nome,
Que um ébrio esfarrapado, com o rosto cheio de fome,
Com voz rascante e rouca à desgraçada leu,
Esta, louca de dor, para o jovem correu,
E beijando-lhe o rosto, abraço-o de seguida...
Era a mãe do pintor, e a turba comovida,
Pasma ante aquele quadro, original, estranho,
Enquanto o pobre artista amarfanha o desenho:
O retrato fiel duma mulher perdida.
Encostado sem brio ao balcão da taberna
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida
Era noite invernosa e o vento desabrido
Num louco galopar ferozmente rugia,
Vergastando os pinhais, pelos campos corria,
Como um triste grilheta ao degredo fugido.
Num antro pestilento, infame e corrompido,
Imagem de bordel, cenário de caverna,
Vendia-se veneno à luz duma lanterna
À turba que se mata, ingerindo aguardente,
Estava um jovem pintor, atrofiando a mente,
Encostado sem brio ao balcão da taberna.
Rameiras das banais, num doido desafio,
Exploravam do artista a sua parca féria,
E ele na embriaguez do vinho e da miséria,
Cedia às tentações daquele mulherio.
Nem mesmo a própria luz nem mesmo o próprio frio,
Daquele vazadouro onde se queima a vida,
Faziam incutir à corja pervertida,
Um sentimento bom damor e compaixão,
Plo ébrio que encostava a fronte ao vil balcão,
De nauseabunda cor e tábua carcomida.
Impudica mulher, perante o vil bulício
De copos tilintando e de boçais gracejos,
Agarrou-se ao rapaz, cobrindo-o de beijos,
Perguntando a sorrir, qual era o seu oficio,
Ele a cambalear, fazendo um sacrifício,
Lhe diz a profissão em que se iniciou,
Ela escutando tal, pedindo-lhe alcançou
Que então lhe desenhasse o rosto provocante,
E num sujo papel, o rosto da bacante
O bêbado pintor com um lápis desenhou.
Retocou o perfil e por baixo escreveu,
Numa legível letra o seu modesto nome,
Que um ébrio esfarrapado, com o rosto cheio de fome,
Com voz rascante e rouca à desgraçada leu,
Esta, louca de dor, para o jovem correu,
E beijando-lhe o rosto, abraço-o de seguida...
Era a mãe do pintor, e a turba comovida,
Pasma ante aquele quadro, original, estranho,
Enquanto o pobre artista amarfanha o desenho:
O retrato fiel duma mulher perdida.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Na tasca, bebendo
Levanto o olhos
e vejo os teus seios apertados
oiço o vinho correr
e o copo a encher
madeixas negras tocam-me
na cara
falas e o teu falar é doce
sorris e vejo a verdade
sentas-te e bebemos juntos
é lindo
tudo isto
e vejo os teus seios apertados
oiço o vinho correr
e o copo a encher
madeixas negras tocam-me
na cara
falas e o teu falar é doce
sorris e vejo a verdade
sentas-te e bebemos juntos
é lindo
tudo isto
terça-feira, 28 de julho de 2009
O Vinho e a Bíblia
http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ComerBeber/VinhoNaBiblia-NiltonBernini.htm :
'0 vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool.'
Dizem os que Deus proibiu que beber vinho aos cristãos e que o que bebiam os não pecadores na Bíblia era sumo de uva não fermentado......
Dá para acreditar que havia vinho fresco(sumo de uva não fermentado) durante o ano inteiro.....?????
Que grandes produtores (ou importadores....e que rapidez) eram os judeus antigos....
sem rega gota a gota nem nada....
'0 vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool.'
Dizem os que Deus proibiu que beber vinho aos cristãos e que o que bebiam os não pecadores na Bíblia era sumo de uva não fermentado......
Dá para acreditar que havia vinho fresco(sumo de uva não fermentado) durante o ano inteiro.....?????
Que grandes produtores (ou importadores....e que rapidez) eram os judeus antigos....
sem rega gota a gota nem nada....
Estudos de um cristão sobre o vinho.....cada qual lê como quer
http://www.estudosgospel.com.br/estudos/polemicos/o-cristao-e-o-vinho.htmlu
segunda-feira, 27 de julho de 2009
O Vinho e o Tango
Seguras-te a mim
num Tango intangível
sinto-te entregada e rebelde
paramos numa mesa e roubas-lhe o copo
que cheio ficou parado na boca
Bebes com descaramento
entregas-te louca
e eu louco
não sinto o que tu sentes
sinto por cima
e enrolo-te
no meio das tuas coxas
no meio das minhas
e os teus lábios
tintos como o vinho
e os teus olhos
que sem traírem
me reviram o coração
ainda sinto
o cheiro do vinho
sinto quando te aproximas
sinto quando te vais
num Tango intangível
sinto-te entregada e rebelde
paramos numa mesa e roubas-lhe o copo
que cheio ficou parado na boca
Bebes com descaramento
entregas-te louca
e eu louco
não sinto o que tu sentes
sinto por cima
e enrolo-te
no meio das tuas coxas
no meio das minhas
e os teus lábios
tintos como o vinho
e os teus olhos
que sem traírem
me reviram o coração
ainda sinto
o cheiro do vinho
sinto quando te aproximas
sinto quando te vais
quinta-feira, 23 de julho de 2009
O céu e o vinho verde
O céu negro
as pesadas nuvens
a areia molhada
eu molhado
tu molhada
com a boca tiro a rolha
verde refrescado pelas ondas alentejanas
recebo
bebemos
ombro a ombro
olhamos o mar excitado
tudo isto foi criado
para nós
para este momento
as pesadas nuvens
a areia molhada
eu molhado
tu molhada
com a boca tiro a rolha
verde refrescado pelas ondas alentejanas
recebo
bebemos
ombro a ombro
olhamos o mar excitado
tudo isto foi criado
para nós
para este momento
terça-feira, 14 de julho de 2009
Beber com prazer
Cada copo cheio
é um novo vinho
prazer maior não há
enches-me o copo
e bebo como um jovem
é um novo vinho
prazer maior não há
enches-me o copo
e bebo como um jovem
domingo, 12 de julho de 2009
Wine and the sand
When life takes a turn
when people abandon you
when, like sand, all your work washes away
take a rest
drink a glass or two
if the world does not get better
drink again
when people abandon you
when, like sand, all your work washes away
take a rest
drink a glass or two
if the world does not get better
drink again
sábado, 11 de julho de 2009
Gin, Rum and Wine
Before lunch
usually a gin and tonic
with deerest friends
now,
they are gone
I drank alone,
cuba livre
but I felt no freedom
in my heart
a glass of red wine
kind of cleared
some human emotions
usually a gin and tonic
with deerest friends
now,
they are gone
I drank alone,
cuba livre
but I felt no freedom
in my heart
a glass of red wine
kind of cleared
some human emotions
Snails and wine
Today in the afternoon we had some snails
Some call it "escargot"
Really, they are snails
the last dish was spicy
we drank beer, but
I am sure
wine would have been better
Some call it "escargot"
Really, they are snails
the last dish was spicy
we drank beer, but
I am sure
wine would have been better
Whiskey
In my cousin's house
wine from Ribatejo
to go with codfish and broa in the oven
but the casts were from some
foreigner whatever
I thought I knew the fine flavour
which is always the same
Portuguese wines from Portuguese casts
are vigourous, hard to like
strong, weak,
always fighting with our hearts
Then, a new bottle
much much better
Than 1920
foreigners call it "brandy"
others drank whiskey and such
I love simple country side tastes
wine from Ribatejo
to go with codfish and broa in the oven
but the casts were from some
foreigner whatever
I thought I knew the fine flavour
which is always the same
Portuguese wines from Portuguese casts
are vigourous, hard to like
strong, weak,
always fighting with our hearts
Then, a new bottle
much much better
Than 1920
foreigners call it "brandy"
others drank whiskey and such
I love simple country side tastes
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Sangria
Em grupo,
a fruta
o verter
a sangria
que tenha tanto sangue para verter
como a sangria que beberei
até ao fim
a fruta
o verter
a sangria
que tenha tanto sangue para verter
como a sangria que beberei
até ao fim
sábado, 4 de julho de 2009
terça-feira, 30 de junho de 2009
Acabe o que tem no copo
"Acabe o que tem no copo
Porque esta garrafa é outra", disse o Aristides.
Há coisas que são sempre agradáveis de ouvir
Porque esta garrafa é outra", disse o Aristides.
Há coisas que são sempre agradáveis de ouvir
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Ao acabar a refeição
É um costume meu:
Termino a refeição
encho o copo
coloco-o à frente em vez do prato.
Tudo o que tem lógica, é de bom gosto.
Termino a refeição
encho o copo
coloco-o à frente em vez do prato.
Tudo o que tem lógica, é de bom gosto.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Those who do it and those who don't
Those who drink with me
are my friends
Those who do not drink
but stay with me
are my friends too.
are my friends
Those who do not drink
but stay with me
are my friends too.
O Vinho e as Chagas
Quando não bebem vinho comigo
bebam algo comigo
mas bebam
não duvidem das minhas chagas
e não vos pedirei
para nelas vos introduzires
bebam algo comigo
mas bebam
não duvidem das minhas chagas
e não vos pedirei
para nelas vos introduzires
Os amigos e o vinho
Gosto dos amigos que bebem comigo
e quando não bebem
que me encham o copo
O tempo urge
o sol põe-se
e quando não bebem
que me encham o copo
O tempo urge
o sol põe-se
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Vinho Verde
à noite
foi d´ontem
foi d´hoje
nem tenho interesse em saber
mas sei que foi
verde
gelado
antes
depois
e mais um
foi d´ontem
foi d´hoje
nem tenho interesse em saber
mas sei que foi
verde
gelado
antes
depois
e mais um
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Vinho branco
Dia quente
vinho frio
sol a pico
goela abaixo
Hoje vai ser um branco
muito muito frio
e vai ser com
muito muito prazer
vinho frio
sol a pico
goela abaixo
Hoje vai ser um branco
muito muito frio
e vai ser com
muito muito prazer
domingo, 14 de junho de 2009
Fado incompleto
No YouTube tem este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=1a4J55hKomU
Isto é o que se chama "Fado Incompleto". O Fado incompleto acontece sempre quando não há vinho nas mesas.
Isto é o que se chama "Fado Incompleto". O Fado incompleto acontece sempre quando não há vinho nas mesas.
Sofrendo de Fado
Com a dor sofrendo de Fado
suportando este coração que me preenche
em dor
com o espírito repleto por um
qualquer passado
tiro a rolha
e o som quente, despertante
e acariciante
acalma tudo
em breve
tudo é amor
suportando este coração que me preenche
em dor
com o espírito repleto por um
qualquer passado
tiro a rolha
e o som quente, despertante
e acariciante
acalma tudo
em breve
tudo é amor
sábado, 13 de junho de 2009
Santo António
As mesas nas ruas,
o povo passeando
uns sentados
muitos bebendo
Santo António
és um santo
o povo passeando
uns sentados
muitos bebendo
Santo António
és um santo
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Nesse mar
Nesse mar que é o teu coração
mergulho, afundo-me,
A cor do teu sangue
a cor do meu vinho
tudo fado
tudo cantado
tudo mergulhado
mergulho, afundo-me,
A cor do teu sangue
a cor do meu vinho
tudo fado
tudo cantado
tudo mergulhado
quinta-feira, 11 de junho de 2009
A tua chegada
Ao chegar o crepusculo,
esperamos a tua chegada
vens
com o teu sorriso
saia curta e sapato raso
na terra vermelha
descalças os sapatos
sobe as escadas e na varanda abraças-me
como ontem
o vinho larga o seu perfume
esperamos a tua chegada
vens
com o teu sorriso
saia curta e sapato raso
na terra vermelha
descalças os sapatos
sobe as escadas e na varanda abraças-me
como ontem
o vinho larga o seu perfume
O vinho e os Santos
Tanto santo que existe por ai
não bebem nem querem que se beba
que coração negro
pode produzir leis do espírito
tão insípidas
o seu olhar nada me diz
são humanos,
sem humanidade
não bebem nem querem que se beba
que coração negro
pode produzir leis do espírito
tão insípidas
o seu olhar nada me diz
são humanos,
sem humanidade
Esses teus lábios
Do vinho escorrem tristezas
prazeres e dores
do vinho assaltam os cheiros
a forma e as cores
por detrás do copo
os teus lábios rubros dizem-me certezas
vejo o vinho banhá-los
suavemente
como ondas mornas numa noite de verão
afasto o teu copo e percorro a via do vinho
prazeres e dores
do vinho assaltam os cheiros
a forma e as cores
por detrás do copo
os teus lábios rubros dizem-me certezas
vejo o vinho banhá-los
suavemente
como ondas mornas numa noite de verão
afasto o teu copo e percorro a via do vinho
Deus e os liquidos
Nas dunas
vemos o brilhar da lua
no mar português
aquele brilho, aquela cor
que só o coração consegue exprimir
o rebater suave das ondas
sincroniza com o som do vinho nos copos
uma linda mulher
um mar fabuloso
um vinho generoso
meu Deus,
como estou agradecido
vemos o brilhar da lua
no mar português
aquele brilho, aquela cor
que só o coração consegue exprimir
o rebater suave das ondas
sincroniza com o som do vinho nos copos
uma linda mulher
um mar fabuloso
um vinho generoso
meu Deus,
como estou agradecido
terça-feira, 9 de junho de 2009
"What a wonderful world"
Crianças correm
e riem
adultos riem
sentados
dois jarros voltam
cheios
que mundo tão maravilhoso
e riem
adultos riem
sentados
dois jarros voltam
cheios
que mundo tão maravilhoso
Morangueiro
Da boca saiu vinho
ouvi e sorri
como é natural
era morangueiro
frutoso, gasoso, fresco
à sombra
neste verão incerto
ouvi e sorri
como é natural
era morangueiro
frutoso, gasoso, fresco
à sombra
neste verão incerto
terça-feira, 2 de junho de 2009
Gosto
gosto desta:
http://www.youtube.com/watch?v=lM8JH6tJNdo
desta...mais ou menos
http://www.youtube.com/watch?v=dcuRfBOSuVs
http://www.youtube.com/watch?v=lM8JH6tJNdo
desta...mais ou menos
http://www.youtube.com/watch?v=dcuRfBOSuVs
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O Bairro Alto
Fado corrido
vinho dançado
fado sombrio
vinho despejado
na noite
numa esquina do Bairro alto
vinho dançado
fado sombrio
vinho despejado
na noite
numa esquina do Bairro alto
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Os teus cabelos longos
O teu negro cabelo cai-te pelos ombros
e brilha quando cantas
por breves instantes
os teus olhos, entreabertos
olham-me profundamente
como o fado me toca no vinho
como o vinho me toca no fado
e brilha quando cantas
por breves instantes
os teus olhos, entreabertos
olham-me profundamente
como o fado me toca no vinho
como o vinho me toca no fado
A tasca e o mármore, na sombra
A mesa de mármore
branco e castigado pelos anos
de lamentos e alegrias.
No canto da tasca
que já não existe
zangado,
bebo na sombra
branco e castigado pelos anos
de lamentos e alegrias.
No canto da tasca
que já não existe
zangado,
bebo na sombra
A agonia
Esta noite não estou só.
Com meus sonhos,
no meu sono acordado,
canto o meu simples fado de
sonhos enrodilhados
no passado
que como maldição me persegue no presente
com eles
com ele
tudo canto
espicaçando tudo junto no meu peito repleto
dando graças ao vinho
bebo, doendo
martirizando-me
e uma estranha felicidade
acompanha esta
agonia
Com meus sonhos,
no meu sono acordado,
canto o meu simples fado de
sonhos enrodilhados
no passado
que como maldição me persegue no presente
com eles
com ele
tudo canto
espicaçando tudo junto no meu peito repleto
dando graças ao vinho
bebo, doendo
martirizando-me
e uma estranha felicidade
acompanha esta
agonia
O Vinho e a bondade de Deus
Estou extasiado,
pela bondade de Deus
pois só de Ti poderia vir
este vinho tão bondoso
pela bondade de Deus
pois só de Ti poderia vir
este vinho tão bondoso
O amor da mulher e do homem
Se no amor
o desepero dum homem
por uma mulher
é grande
imenso deve ser
o duma mulher
deixo-a chorando
e fadando
e bebo nos braços doutra
pra não me matar
amando
o desepero dum homem
por uma mulher
é grande
imenso deve ser
o duma mulher
deixo-a chorando
e fadando
e bebo nos braços doutra
pra não me matar
amando
O amor puro, Deus e o vinho cantado
Este amor puro
esta voz chorada
na bebedeira da noite
esta voz cantada
velha e vagabunda
a Deus entregue
o amor apaga-se
e Deus deu-me o vinho
esta voz chorada
na bebedeira da noite
esta voz cantada
velha e vagabunda
a Deus entregue
o amor apaga-se
e Deus deu-me o vinho
A Noite
Já nas últimas
Ainda tenho uma garrafa
dum vinho d'algures
d'algum lugar seco
e encurtilhado
frente ao mar calmo
sentado
qual lobo velho
na areia fresca da noite
lua mergulha a sua luz nisto tudo
e em todos os meus sentidos
e um pedaço de pão
d'algum lugar seco
e encurtilhado
e o tinto
como a noite
escorrega livremente
http://www.youtube.com/watch?v=1A-0ZUqAdHo&feature=related
Ainda tenho uma garrafa
dum vinho d'algures
d'algum lugar seco
e encurtilhado
frente ao mar calmo
sentado
qual lobo velho
na areia fresca da noite
lua mergulha a sua luz nisto tudo
e em todos os meus sentidos
e um pedaço de pão
d'algum lugar seco
e encurtilhado
e o tinto
como a noite
escorrega livremente
http://www.youtube.com/watch?v=1A-0ZUqAdHo&feature=related
Numa casa Portuguesa
"Numa casa portuguesa fica bem
pão e vinho sobre a mesa..."
Se pensarem bem nisto, é muita verdade junta.
pão e vinho sobre a mesa..."
Se pensarem bem nisto, é muita verdade junta.
Dor e beber
Hoje ouvi de novo a Amália a cantar a "Mariquinhas"....
"...pois dar de beber à dor é o melhor..."
Como povo sofredor que somos, se assim fizermos, estaremos a ajudar a economia nacional consumindo muito vinho e muita ginginha
Ah grande Fadista.
"...pois dar de beber à dor é o melhor..."
Como povo sofredor que somos, se assim fizermos, estaremos a ajudar a economia nacional consumindo muito vinho e muita ginginha
Ah grande Fadista.
domingo, 24 de maio de 2009
Atrevimento
Tanta mentira
tudo é tão grande
tudo é tão imenso
divido-me
corto-me
entrego-me
e não existe fim
que atrevimento dizerem que Deus disse
eu bebo e sei que nada sei
tudo é tão grande
tudo é tão imenso
divido-me
corto-me
entrego-me
e não existe fim
que atrevimento dizerem que Deus disse
eu bebo e sei que nada sei
O espírito
Os maus bebem
e são maus
Os bons bebem
e são bons
e todos bebem
e são como todos
não há maior harmonia
e são maus
Os bons bebem
e são bons
e todos bebem
e são como todos
não há maior harmonia
As Dunas do Alentejo
As dunas do Alentejo
secam-me garganta
A maresia quebra-me o passado
ao beber o primeiro copo
na tasca mais proxima,
penso no coitado do passarinho
que frito
com alho
com vinho
jaz no meu prato
....~
quem me provará
estará sentado com vista pró mar?
secam-me garganta
A maresia quebra-me o passado
ao beber o primeiro copo
na tasca mais proxima,
penso no coitado do passarinho
que frito
com alho
com vinho
jaz no meu prato
....~
quem me provará
estará sentado com vista pró mar?
O vinho e Deus
Se nada está provado
daqui a pouco
quando não existir
não existirei
de que serve não beber?
Deus!
Como amo Deus!
....?....!
daqui a pouco
quando não existir
não existirei
de que serve não beber?
Deus!
Como amo Deus!
....?....!
O inverno
Inverno
rigoroso
chego de viagem com o meu mestre
aquecemos umas brazas
ardem debaixo da mesa
bebemos
choro
rigoroso
chego de viagem com o meu mestre
aquecemos umas brazas
ardem debaixo da mesa
bebemos
choro
Portugal e o vinho
É mesmo verdade
tenho espinhos no meu coração
picam
doem-me
prefuram-me
tudo com dor
contínua
constante
como um rio
como bom português
nada recuso
e aceito mais um copo
tenho espinhos no meu coração
picam
doem-me
prefuram-me
tudo com dor
contínua
constante
como um rio
como bom português
nada recuso
e aceito mais um copo
Obrigado meu Deus
Que coisa estranha
o vinho
quando estou triste, entristece-me
quando estou alegre
alegra-me
só de Deus poderia vir tal dádiva
obrigado meu Deus
o vinho
quando estou triste, entristece-me
quando estou alegre
alegra-me
só de Deus poderia vir tal dádiva
obrigado meu Deus
A Rainha Calinacho
A Rainha Calinacho
visitava o meu avô
sentava-se numa caixa
qual trono
e bebiam pela noite adentro
Que saudades das coisas que nunca poderia ter vivido
visitava o meu avô
sentava-se numa caixa
qual trono
e bebiam pela noite adentro
Que saudades das coisas que nunca poderia ter vivido
O vinho e o desterro
Cuanhama
tudo por Deus foi criado
inferno
de calor
desterrado,
de tudo
a seca de anos
os anos de seca
o vinho
tudo por Deus foi criado
inferno
de calor
desterrado,
de tudo
a seca de anos
os anos de seca
o vinho
O vinho e a solidão
No campo
só
o cheiro da esteva
o fim do dia
a noite que chega
os cheiros
os sons
os movimentos,
do entardecer
Não há solidão maior
do que o olhar para a garrafa vazia
só
o cheiro da esteva
o fim do dia
a noite que chega
os cheiros
os sons
os movimentos,
do entardecer
Não há solidão maior
do que o olhar para a garrafa vazia
O vinho e o atrevimento
Bebo e
bebo
e
bebo
olho à minha volta
atrevidos!
porque pensam eles que são melhores?
bebo
e
bebo
olho à minha volta
atrevidos!
porque pensam eles que são melhores?
O vinho e o pão
Interessante:
no outro dia, uns amigos meus recusaram comer pão de um outro amigo que amassara o pão
pois viram que o suor dele caia na massa
mas dizem que o pão caseiro é o melhor
isto é uma contradição
obviamente esses gajos não bebem
nem sentem
no outro dia, uns amigos meus recusaram comer pão de um outro amigo que amassara o pão
pois viram que o suor dele caia na massa
mas dizem que o pão caseiro é o melhor
isto é uma contradição
obviamente esses gajos não bebem
nem sentem
O vinho sem amor, irrita
Antes arrependia-me
agora borrifo-me
.,......
mas irrita-me
este vinho não era de boa qualidade
não foi feito com amor
agora borrifo-me
.,......
mas irrita-me
este vinho não era de boa qualidade
não foi feito com amor
O vinho e o fado
Na tasca
guitarras e maus fadistas
vinho no copo sempre a encher
fado
Olho minha volta
fado
trocam-me os copos
olho à minha volta
fado
ah
se não fosse o vinho
guitarras e maus fadistas
vinho no copo sempre a encher
fado
Olho minha volta
fado
trocam-me os copos
olho à minha volta
fado
ah
se não fosse o vinho
O vinho e a saudade
Estou só
sinto saudade de algo
pois sou português
há espinhos que penetram profundamete dentro do meu coração
e o meu espirito carrega com este fardo
que aumenta de hora a hora
bebo
e o vinho descobre
em mim
que tudo isto é hilariante
sinto saudade de algo
pois sou português
há espinhos que penetram profundamete dentro do meu coração
e o meu espirito carrega com este fardo
que aumenta de hora a hora
bebo
e o vinho descobre
em mim
que tudo isto é hilariante
A família e o amor
A família é importante
mas
não há maior alegria do que beber
com aqueles que te amam
mas
não há maior alegria do que beber
com aqueles que te amam
O Tudo e o Nada
Estando sóbrio
não entendo o infinito que por Ele foi criado
Estando ébrio
estou Nele
sou Dele
a Ele pertenço
Não há principio nem fim
Não há ser ou não ser
Não há o Nada nem o Tudo
Não há o Tudo nem o Nada
e
o Tudo vem do Nada
isto descobri quando tinha 16 anos
não entendo o infinito que por Ele foi criado
Estando ébrio
estou Nele
sou Dele
a Ele pertenço
Não há principio nem fim
Não há ser ou não ser
Não há o Nada nem o Tudo
Não há o Tudo nem o Nada
e
o Tudo vem do Nada
isto descobri quando tinha 16 anos
Deus e a ressaca
Deus permeia-me
Deus é-me
Deus deu-me
Deus criou-me
Por mais que tente,
não há ressaca de Deus
Deus é-me
Deus deu-me
Deus criou-me
Por mais que tente,
não há ressaca de Deus
Os Padres e eu
Não vejo diferença alguma entre um Padre e eu
temos a mesma cultura
os mesmos estudos
as mesmas ovelhas tresmalhadas
os mesmos pecados que só Deus conhece
mas
Se ele beber
temos algo em comum
temos a mesma cultura
os mesmos estudos
as mesmas ovelhas tresmalhadas
os mesmos pecados que só Deus conhece
mas
Se ele beber
temos algo em comum
Os casados e os solteiros
sou solteiro e livre
bebo e bebem comigo
os casados esperam que eu me comporte, como casado
que pensem na sua vida antes de se casar;
eu pensei!
bebo e bebem comigo
os casados esperam que eu me comporte, como casado
que pensem na sua vida antes de se casar;
eu pensei!
Eles e elas
Bebo e bebo
pouco a pouco os homens retiram-se
(por medo? pela verdade?)
ficam as mulheres
Eles sentem-se retraidos
elas curiosas
pouco a pouco os homens retiram-se
(por medo? pela verdade?)
ficam as mulheres
Eles sentem-se retraidos
elas curiosas
Duas e mais uma
é sempre melhor abrir duas garrafas
duas devem ser colocadas cerca do fogão
uma terceira deve ser aberta para ir provando
duas devem ser colocadas cerca do fogão
uma terceira deve ser aberta para ir provando
Provador de vinhos
Essa coisa de povar os vinhos até é bom.
Mas é um grande desperdicio
O primeiro que gosto no vinho é o som
gosto então de ve-lo correr
e todo o copo encher
bebo-o depois provando-o sem vicio
inspiro-o e sorvo-o porque é de bom tom
pouso o copo e verto mais sem suplício
ao acabar nunca viro o copo ao contrário
não vá alguém pensar que sou ordinário
Isto não é um poema
Mas é um grande desperdicio
O primeiro que gosto no vinho é o som
gosto então de ve-lo correr
e todo o copo encher
bebo-o depois provando-o sem vicio
inspiro-o e sorvo-o porque é de bom tom
pouso o copo e verto mais sem suplício
ao acabar nunca viro o copo ao contrário
não vá alguém pensar que sou ordinário
Isto não é um poema
terça-feira, 19 de maio de 2009
Omar Khayyam: algumas das minhas preferidas
Dreaming when Dawn's Left Hand was in the Sky
I heard a Voice within the Tavern cry,
"Awake, my Little ones, and fill the Cup
Before Life's Liquor in its Cup be dry."
.....
Come, fill the Cup,
and in the Fire of Spring
The Winter Garment of Repentance fling:
The Bird of Time has but a little wayTo fly--and Lo! the Bird is on the Wing.
.....
And if the Wine you drink, the Lip you press,
End in the Nothing all Things end in--Yes-
Then fancy while Thou art,
Thou art but what
Thou shalt be--Nothing--Thou shalt not be less.
.....
And David's Lips are lock't; but in divine
High piping Pelevi, with "Wine! Wine! Wine!
Red Wine!"--the Nightingale cries to the Rose
That yellow Cheek of hers to'incarnadine.
....
Then to this earthen Bow
l did I adjourn
My Lip the secret Well of Life to learn:
And Lip to Lip it murmur'd--
"While you live,Drink!--for once dead you never shall return."
.....
All my companions, one by one died
With Angel of Death they now reside
In the banquette of life same wine we tried
A few cups back, they fell to the side.
.....
Ah, make the most of what we yet may spend,
Before we too into the Dust Descend;
Dust into Dust, and under Dust, to lie,
Sans Wine, sans Song, sans Singer and--sans End!
.....
And, as the Cock crew, those who stood before
The Tavern shouted--"Open then the Door!
You know how little while we have to stay,
And, once departed, may return no more."
.....
And when Thyself with shining Foot shall pass
Among the Guests Star-scatter'd on The Grass,
And in Thy joyous Errand reach the Spot
Where I made one--turn down an empty Glass!
http://www.okonlife.com/poems/
I heard a Voice within the Tavern cry,
"Awake, my Little ones, and fill the Cup
Before Life's Liquor in its Cup be dry."
.....
Come, fill the Cup,
and in the Fire of Spring
The Winter Garment of Repentance fling:
The Bird of Time has but a little wayTo fly--and Lo! the Bird is on the Wing.
.....
And if the Wine you drink, the Lip you press,
End in the Nothing all Things end in--Yes-
Then fancy while Thou art,
Thou art but what
Thou shalt be--Nothing--Thou shalt not be less.
.....
And David's Lips are lock't; but in divine
High piping Pelevi, with "Wine! Wine! Wine!
Red Wine!"--the Nightingale cries to the Rose
That yellow Cheek of hers to'incarnadine.
....
Then to this earthen Bow
l did I adjourn
My Lip the secret Well of Life to learn:
And Lip to Lip it murmur'd--
"While you live,Drink!--for once dead you never shall return."
.....
All my companions, one by one died
With Angel of Death they now reside
In the banquette of life same wine we tried
A few cups back, they fell to the side.
.....
Ah, make the most of what we yet may spend,
Before we too into the Dust Descend;
Dust into Dust, and under Dust, to lie,
Sans Wine, sans Song, sans Singer and--sans End!
.....
And, as the Cock crew, those who stood before
The Tavern shouted--"Open then the Door!
You know how little while we have to stay,
And, once departed, may return no more."
.....
And when Thyself with shining Foot shall pass
Among the Guests Star-scatter'd on The Grass,
And in Thy joyous Errand reach the Spot
Where I made one--turn down an empty Glass!
http://www.okonlife.com/poems/
Os Provadores
os provadores de vinho estão sempre sóbrios
que disparate
"Todos servem primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, servem o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!"
João 2,1-11
que disparate
"Todos servem primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, servem o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!"
João 2,1-11
Tunilingus
Gosto muito da cantiga da Tuna Tunilingus
"...se é branco ou tinto, pouco m´importa,
se não houver vou bater a outra porta..."
Quem a escreveu sabia por as coisas no devido contexto
http://tunilingus.wordpress.com/cancioneiro/
"...se é branco ou tinto, pouco m´importa,
se não houver vou bater a outra porta..."
Quem a escreveu sabia por as coisas no devido contexto
http://tunilingus.wordpress.com/cancioneiro/
O velho e a adega
Era pequenino
e entrei pela adega
estava lá um homem velho
e vermelho
e tudo cheirava ao mesmo
e entrei pela adega
estava lá um homem velho
e vermelho
e tudo cheirava ao mesmo
Grande mulher
Era uma grande mulher
grande
e bebia grandes copos de vinho
fiquei horas com ela
As suas altas gargalhadas
o seus lábios rubros
do liquido sagrado
o sagrado realmente é superior ao profano
grande
e bebia grandes copos de vinho
fiquei horas com ela
As suas altas gargalhadas
o seus lábios rubros
do liquido sagrado
o sagrado realmente é superior ao profano
O vinho e o fado
Elas serviram-me vinho
a noite tornou-se uma alvorada
o último fadista adormeceu a cantar
Também, já não lhe percebia palavra
a noite tornou-se uma alvorada
o último fadista adormeceu a cantar
Também, já não lhe percebia palavra
Na Rua da Escola Politécnica nº 60
Na rua da Escola Politécnica nº 60
há uma roseira de rosas da cor do vinho agreste
perfumadas como já não há nenhuma
mesmo perfumadas
Mas o Reitor mandou-nos dali para fora
quem regará a roseira
quem terá saudades dela
quem beberá o vinho da sua cor
há uma roseira de rosas da cor do vinho agreste
perfumadas como já não há nenhuma
mesmo perfumadas
Mas o Reitor mandou-nos dali para fora
quem regará a roseira
quem terá saudades dela
quem beberá o vinho da sua cor
O vinho e os seios firmes
gostei de ver o vinho escorrer por entre esses teus seios firmes
mas da proxima vez
serve-o num copo
mas da proxima vez
serve-o num copo
As senhoras e o vinho
Dizem que as senhoras não devem servir o vinho
pois o que eu quero é que me sirvam
e mais
pois o que eu quero é que me sirvam
e mais
O Verão
Não quero ser interrompido
Nesta conversa longa
profunda
saudosa
com o calor
com a sombra
com o som suave das folhas secas pisadas pelo vento
com o vinho tinto
tinto
tinto
Nesta conversa longa
profunda
saudosa
com o calor
com a sombra
com o som suave das folhas secas pisadas pelo vento
com o vinho tinto
tinto
tinto
Canta o roxinol
Oiço o fado
lua nova
o cheiro do vinho e do tabaco
mas pela noite dentro
canta o roxinol
o cheiro das estevas e ervas quentes e terra seca e gretada
o vinho é tinto do alentejo
lua nova
o cheiro do vinho e do tabaco
mas pela noite dentro
canta o roxinol
o cheiro das estevas e ervas quentes e terra seca e gretada
o vinho é tinto do alentejo
Caprimulgus Europaeus
É lua cheia
Estou na varanda
tenho caracois por mim colhidos
quentinhos
torradas
tinto
o canto do noitibó
http://www.xeno-canto.org/europe/species.php?query=gen:Caprimulgus+species:europaeus
Estou na varanda
tenho caracois por mim colhidos
quentinhos
torradas
tinto
o canto do noitibó
http://www.xeno-canto.org/europe/species.php?query=gen:Caprimulgus+species:europaeus
Coisas Darwinnianas
Numa festa
seguro um livro e cai-me das mãos
os copos seguram-se aos dedos
há coisas que são darwinianas
seguro um livro e cai-me das mãos
os copos seguram-se aos dedos
há coisas que são darwinianas
Pipa de vinho
Tenho a certeza de que entrei em casa
e a porta estava fechada
Os meus sapatos cheiram a pipa de vinho
e a porta estava fechada
Os meus sapatos cheiram a pipa de vinho
Debaixo
Debaixo da minha mesa
Tenho uma garrafa
Disso estou certo
Ao sair à rua
As pedras da calçada são-me simpáticas
Tenho uma garrafa
Disso estou certo
Ao sair à rua
As pedras da calçada são-me simpáticas
Não há
Não há vinho que cure a saudade do copo de vinho de ontem
O meu velho mestre
Acompanho o meu velho mestre
Copo a copo
gesto a gesto
ouvindo
rindo
bebendo
Se ele fosse português
Sentiria saudades
Copo a copo
gesto a gesto
ouvindo
rindo
bebendo
Se ele fosse português
Sentiria saudades
Li Bai
Bebendo ao luar
Ergo entre as flores um copo de vinho
e convido o luar
Acabo também por convidar
a minha sombra
Mas a lua não sabe beber
e a minha sombra não me consegue acompanhar
Companheiros de um instante– a lua a minha sombra e eu – vamos brindar à primavera.
Enquanto canto a lua vagueia
Enquanto danço a minha sombra desespera
Esqueçamos tudo enquanto estivermos a beber
Que cada um se afastequando o dia chegar
Na longínqua Via Láctea
mais cedo ou mais tardenos voltaremos a encontrar
—
Jorge Sousa Braga, in: Jorge Sousa Braga (org.), O vinho e as rosas. Antologia de poemas sobre a embriaguez, Lisboa, 1955
Ergo entre as flores um copo de vinho
e convido o luar
Acabo também por convidar
a minha sombra
Mas a lua não sabe beber
e a minha sombra não me consegue acompanhar
Companheiros de um instante– a lua a minha sombra e eu – vamos brindar à primavera.
Enquanto canto a lua vagueia
Enquanto danço a minha sombra desespera
Esqueçamos tudo enquanto estivermos a beber
Que cada um se afastequando o dia chegar
Na longínqua Via Láctea
mais cedo ou mais tardenos voltaremos a encontrar
—
Jorge Sousa Braga, in: Jorge Sousa Braga (org.), O vinho e as rosas. Antologia de poemas sobre a embriaguez, Lisboa, 1955
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